sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Criado grupo para rastrear crimes de ódio na internet

Foi criado um grupo para rastrear os crimes de ódio na internet, como declarações contra negros, gays e mulheres. A ideia é integrar as redes de denúncia que já existem e agilizar as punições contra esse tipo de crime. 

A prática tem ganhado força nas redes sociais, por conta do anonimato e do grande alcance que fotos, mensagens e vídeo podem ter. Em oito anos, a Associação SaferNet Brasil, que coopera com a Secretaria de Direitos Humanos, recebeu mais de 3,4 milhões de denúncias anônimas, envolvendo mais de 520 mil páginas na internet. 

Crime de ódio na internet mata. O exemplo mais concreto foi o linchamento do Guarujá, onde, pela rede, se disseminou uma informação que não era verdadeira e uma mulher foi brutalmente assassinada porque foi divulgado que ela seria uma suposta sequestradora de crianças. 

Para ajudar nos trabalhos do grupo, o governo assinou uma parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo, que criou um programa de computador para achar mensagens de ódio na internet, a partir de palavras-chave. Serão pesquisadas redes sociais como Facebook, Instagram, Twitter e blogs. O sistema é capaz de localizar as mensagens, identificar quem publicou e onde, mesmo que o internauta tenha desligado sua geolocalização. 

O grupo vai contar com integrantes das Secretarias de Direitos Humanos, Políticas de Promoção de Igualdade Racial e Ministério da Justiça, além da Polícia Federal, membros da Ordem dos Advogados do Brasil e representantes de defensorias e ministérios públicos. Os trabalhos devem começar ainda este ano.

Fonte: EBC Serviços

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